terça-feira, dezembro 14, 2004

Guerra

"Que belíssimas cenas de destruição
Não teremos mais problemas com a superpopulação
Veja que uniforme lindo fizemos pra você
Lembre-se sempre que Deus está do lado de quem vai vencer..."

( A canção do Senhor da Guerra)

Há cerca de um ano e nove meses eu estava queimando uma bandeira dos Estados Unidos na faculdade, quando participava de um protesto contra a invasão do Iraque pelo governo estadunidense. Na ocasião produzi o seguinte texto:


Houve um tempo em que os homens marchavam dias, ou até semanas, até os campos de batalha, para fazer a "guerra". Os confrontos eram diretos – homem contra homem duelavam, e tiravam a vida um do outro com uma espada, uma foice, ou qualquer outro objeto cortante. Nesse tempo, os homens lutavam, sobretudo, por territórios e povos para escravizar.
O tempo foi passando. O homem inventou o "CAPITALISMO", que passou a ditar as relações humanas. O mundo ficou muito pequeno. Então, os homens em barcos cada vez mais sofisticados à navegação, passaram a cruzar o oceano para "guerrear". Nesse tempo, além de territórios e escravos, o homem buscava a expansão de "mercado".
Desde que o homem percebeu que territórios, escravos e mercado equivaliam a coisas conhecidas como "dinheiro" e "poder", o homem nunca mais parou de fazer guerra.
Foram verdadeiras barbáries. Milhões de pessoas inocentes mortas. Cidades destruídas. Culturas para sempre perdidas. O homem aperfeiçoara seu poder de fogo. Além de barcos, o homem passou a usar nessas lutas "aviões" e "submarinos", instrumentos que a princípio, tinham sido criados para o conforto da humanidade, foram usados com sucesso no transporte de armas. Nos campos de batalha, não era mais preciso brigar homem a homem. Metralhadoras foram criadas para disparar centenas de tiros por segundo à longas distâncias.
O homem inventou ainda algo cujo poder de destruição foi comparado ao poder de Deus: a bomba atômica, que é capaz de transformar tudo em pó.
Ainda não satisfeito com a bomba atômica, o homem criou bombas químicas e biológicas, que matam tudo que é vivo, mas deixam as estruturas físicas intactas.
Alguns povos chamaram a guerra de "santa", atribuíram-na à vontade de Deus e passaram a matar e a morrer por esse ideal.
Hoje, a guerra é tão sofisticada que parece um jogo virtual. Com armas guiadas por satélite, escolhe-se o alvo e o destrói com precisão cirúrgica. As perdas militares para o lado que ataca são ínfimas. As baixas civis – ou trocando em miúdos – morte de inocentes, ainda são muito expressivas. O motivo para fazer guerra: territórios estratégicos, petróleo, que equivale a dinheiro e principalmente, poder a qualquer custo.
Desde sempre o homem vem fazendo uso da força bruta. Num primeiro momento, a guerra existiu para a sobrevivência. Milhares de anos se passaram. O homem criou inventos maravilhosos: as artes e a filosofia, dominou a tecnologia. Mas a guerra sempre esteve presente. As técnicas evoluíram. As artes de guerra evoluíram. E o espírito humano, evoluiu?
A idéia do texto não é muito original, admito... mas, diante do espírito anti-neocolonialismo que impregnava não só o meio acadêmico, como toda a sociedade, foi capaz de causar comoção.
Só um P.S.: acho que exagerei neste úlitmo parágrafo!

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Aeh!!! Muito bom o texto, e vc não exagerou em momento algum... bjos!

3:42 AM  

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