domingo, dezembro 19, 2004

Gosto de futebol! E daí?

Gooooooooooooooool

Eu sei que se trata de um esporte das massas, uma forma de pseudo-lazer, instrumento de alienação que ajuda a reforçar a dominação da burguesia sob a classe proletária. Um fenômeno midiático que fortalece a estrutura capitalista. Eu sei, eu sei. Mas muitos devem concordar comigo que se trata de um espetáculo, às vezes muito belo, e viciante, que eu gosto e acompanho.
Estou falando isso porque acabou de acontecer a final do Campeonato Brasileiro 2004. Como era de se esperar, o Santos sagrou-se novamente campeão. Confesso que torcia para o atlético paranaense. Não gosto da idéia de um time paulista se destacando mais que os outros, exportando jogadores como quem exporta bananas, a não ser, é claro, se esse time for o Palmeiras.
Como acontece em finais, fiquei em casa acompanhando a rodada e torcendo por um deslize do time santista. Assisti ao jogo do atlético paranaense - uma chatice! Poucos lances de emoção, jogadores apáticos, prevendo que só ficariam mesmo com o vice-campeonato.
Em outros campos, porém, ocorriam partidas repletas de gols - Corinthians, Flamengo, Atlético Mineiro... No Maracanã, golaço do Palmeiras contra o Fluminense. Valeu o dia perdido em frente à TV.
Nota absurda sobre o meu cachorro
Ocupando minha cabeça ociosa com pensamentos inúteis e sem nexo, lembrei do meu cachorro, o Xu, que morreu faz quatro anos. O Xu, um palmeirense inveterado, vivenciou todas as glórias do verdão na última década.
Primeiro, foi espectador e torcedor ativo na conquista do Bi-paulista e Bi-brasileiro, em 93 e 94. Presenciou a máquina verde que marcou mais de 100 gols no paulista de 96. A Copa do Brasil de 98. E finalmente, o título que o deixou mais empolgado, a Copa Libertadores da América em 99. Que cachorro de sorte!